Rebecca Millette
GENEBRA, Suíça, 23 de março de 2011 (Notícias Pró-Família) — O representante do Vaticano disse no Conselho de Direitos Humanos da ONU em Genebra na terça-feira que muitos que se opõem à homossexualidade estão sendo injustamente atacados por suas opiniões. Ele também frisou a diferença entre orientação sexual e conduta sexual.
“Um país jamais deveria punir uma pessoa ou privá-la da alegria de qualquer direito humano com base simplesmente nos sentimentos e pensamentos de uma pessoa, inclusive pensamentos e sentimentos sexuais”, disse o arcebispo Silvano Tomasi.
Entretanto, ele destacou que existe “alguma confusão desnecessária” com referência à proteção da orientação sexual. A orientação, disse ele, “refere-se a sentimentos e pensamentos, não conduta”.
“Os países podem e devem regular condutas, inclusive várias condutas sexuais”, disse o arcebispo. “Certos tipos de condutas sexuais devem ser proibidas por lei. A pedofilia e o incesto são dois exemplos”.
Uma “tendência preocupante” se tornou proeminente: intolerância àqueles que têm oposição moral à conduta homossexual, continuou Tomasi.
“As pessoas estão sendo atacadas por assumir posições que não apoiam a conduta sexual entre pessoas do mesmo sexo”, disse Tomasi. “Quando essas pessoas expressam suas convicções morais ou convicções sobre a natureza humana… elas são estigmatizadas, e pior — elas são caluniadas e sofrem ações legais”.
“Esses ataques são violações de direitos humanos fundamentais e não dá para justificá-los sob nenhuma circunstância”, disse o representante do Vaticano.
O Conselho de Direitos Humanos da ONU está tentando, exatamente como em 2008, introduzir a “orientação sexual” e a “identidade de gênero” como classes protegidas de discriminação no direito internacional. O escritório do Alto Comissário de Direitos Humanos afirma que mais que 70 países punem a atividade homossexual como crime, inclusive prendendo, torturando ou aplicando a pena de morte em homossexuais praticantes.
Embora o Vaticano seja contra a violência e discriminações injustas contra os homossexuais, líderes importantes continuam a declarar que acabar com a violência contra os homossexuais não deve significar garantir novos direitos especiais.
Em 2008, o núncio apostólico do Vaticano na ONU, o arcebispo Celestino Migliore, disse que a Santa Sé se opõe ao reconhecimento da homossexualidade como um novo direito humano por preocupação de que tal direito levaria as nações a serem forçadas a reconhecerem o “casamento” de mesmo sexo.
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