terça-feira, 27 de setembro de 2011

Grande é este mistério

“GRANDE É ESTE MISTÉRIO”, declarou o apóstolo Paulo ao referir-se ao conúbio de um homem com uma mulher; “MAS, EU ME REFIRO A CRISTO E A IGREJA”, reafirmou o apóstolo dos gentios.

Uma voz silenciosa ecoa simbolicamente, desde que o primeiro homem e a primeira mulher foram criados e feitos uma só carne, a cada ato matrimonial realizado de acordo com os princípios divinos. Não, todavia, mera voz, sonora, destituída de substância e de verdade; mas uma voz materializada mediante atitudes de homens e mulheres que entenderam suas vocações, vocações essas de maridos e esposas segundo a Palavra de Deus.

Refiro-me àqueles, cujas mentes, transformadas pelo poder do evangelho, compreenderam que o casamento transcende os mesquinhos e egoístas objetivos humanos, os quais se limitam à própria satisfação em detrimento do outro. Antes, muito mais que isso, vislumbraram a beleza do matrimônio ao enxergarem nele Cristo e a Igreja, o grande mistério de Deus, vividos e expressos, na carne, por aqueles que são chamados para o cumprimento do supremo e eterno propósito divino.

Desse jeito, pois, é que o marido, imbuído de sentimentos oblativos, expressa e manifesta a Cristo, cumprindo assim sua missão ao amar, suprir, proteger e cuidar daquela que o SENHOR lhe confiou sob os seus cuidados. De semelhante modo, a esposa, absorvida pela mesma visão e de análogos sentimentos, expressa atributos de submissão e obediência, serviço e fidelidade, tal como é próprio da Igreja de Jesus Cristo em tempos de retidão.

Entretanto, como pode o mundo conhecer o mistério de Deus – Cristo e a Igreja – enquanto os valores da família são suplantados por outros, os quais naufragam a sociedade num caos sem conserto? A traição, o adultério, a intolerância, o divórcio, têm sido a voz de comando em tantos lares. É, pois, nesse mundo de trevas que a igreja é convidada a se erguer acima das cinzas e a manifestar Cristo ao mundo. E isso mediante vida matrimonial excelente, como ordinariamente se vê representada em cerimônias de bodas, nas figuras e adereços dos noivos, símbolos do grande e maior casamento universal: o Cordeiro com a Sua noiva, a igreja.

Assim como a noiva sai ao encontro do noivo, e ambos se encontram ainda em meio ao caminho, assim, depois dos preparativos e de “embelezamento” da alma, a noiva do Cordeiro, a igreja vencedora, tendo ela sido ataviada, isto é, transformada à imagem de seu Noivo, há de ser arrebatada para o encontro do SENHOR nos ares. E então, haverá grande festa: serão as bodas do Cordeiro. A Igreja será desposada, e o mundo conhecerá o grande mistério: no dia em que os homens predestinados, redimidos, justificados, santificados, transformados, conformados e glorificados se tornarem um com Deus, plenamente, em vida e natureza, em cumprimento à oração sacerdotal de Jesus Cristo antes de Sua morte: “a fim de que todos sejam um; e como és tu, ó Pai, em mim e eu em ti, também sejam eles em nós; para que o mundo creia que tu me enviastes”.

Em Cristo,
Bispo Alexandre Rodrigues

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