sexta-feira, 30 de setembro de 2011

O Chamado à Adoração

William Shishko


Jesus nos chama da adoração das riquezas vãs do mundo de cada ídolo que nos impediria, dizendo, “cristão, ame-me mais” (Jesus Calls Us, estrofe 3).

O mundo nos chama às suas várias formas de adoração todos os dias.

Anúncios nos chamam a gastar o nosso dinheiro (a adoração de Mamon). De várias formas, somos chamados a dar o nosso tempo aos esportes, televisão e outras diversões (a adoração do prazer). Podemos planejar as coisas de tal forma que nos tornamos o centro das nossas vidas (a adoração do eu). O chamado para adoração no culto do Dia do Senhor é designado para nos afastar de todas as outras adorações, para que nos foquemos no Deus vivo e verdadeiro.

Quando você vai adorar no domingo pela manhã, você pode estar preocupado com alguma coisa no percurso de carro. Você pode se sentir estressado após levar as crianças ao banheiro, alimentá-las rapidamente, deixálas na sala de escola bíblica, e subir (em tempo!) ao auditório. 

Você pode estar cansado de uma semana movimentada. Pode estar mal-humorado por inúmeras razões.

O chamado à adoração convida você a colocar todas essas coisas de lado, e entrar solene e alegremente no alto privilégio da adoração. Deus mesmo, através do seu ministro, chama você a dar-lhe a glória que é devida ao seu nome. Ouça cuidadosamente as palavras do chamado à adoração:

“Entrai pelas portas dele com gratidão, e em seus átrios com louvor” (Salmo 100.4).
“Adorai o SENHOR na beleza da santidade” (Salmo 29.2).
“Cantai ao SENHOR um cântico novo, porque fez maravilhas” (Salmo 98.1).
“Ó, vinde, adoremos e prostremo-nos” (Salmo 95.6).

Então, regozije-se no fato que seu Criador e Redentor te chamou para que você se una a outros no mais alto chamado para aqueles que foram criados à sua imagem e salvos por sua graça.

“Exaltai ao SENHOR nosso Deus e adorai-o no seu monte santo, pois o SENHOR nosso Deus é santo” (Salmo 99.9).

Para Reflexão

*Você pode, em fé, crer que Deus está te chamando, através do seu ministro, para adorá-lo? Como isso muda sua perspectiva sobre o que você fará após o chamado à adoração?

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Esperando por Ele...

À primeira pergunta sobre o poder de Deus (Habacuque) recebeu resposta positiva. Mas este problema da santidade de Deus é mais difícil. Depois de estabelecer os seus absolutos e de introduzir no contexto o seu problema, não há ainda resposta clara. Pois bem, dá-se freqüentemente o mesmo em nossa experiência. Aplicamos o mesmo método que funcionou tão bem em outros casos, mas não há resposta imediata. Que fazer em tal caso? Certamente não precipitar-se a conclusões e dizer: «Uma vez que não compreendo isso, pergunto, pois, se afinal Deus é mesmo justo». Não!... Cometemos um engano quando dizemos a nós mesmos, e depois a outros, indagando: «Por que isso? Não é estranho?» Precisamos fazer o que o profeta fez: levar a Deus o problema e deixá-lo com Ele.

Um cristão pode ser mantido nessa situação por uma semana, ou por meses, ou por anos. Muitas vezes foi o que aconteceu. Mas, deixe isso com Deus! Esta... foi a atitude assumida pelo próprio Filho de Deus quando esteve neste mundo...  Ele sabia que Seu Pai poderia livrá-lO das mãos não só dos judeus mas dos romanos também... Mas se Ele devia ser feito pecado, e se o pecado devia ser punido no Seu corpo, isto significava que Ele teria que ser separado do Pai... e o Filho de Deus enfrentou a maior perplexidade de Sua vida humana na terra... que fez Ele? Precisamente o que o profeta fez; Ele orou e disse: «Meu Pai: se possível, passe de mim este cálice! Todavia, não seja como eu quero, e, sim, como tu queres» (Mateus 26.39)- «Não o compreendo», foi o que com efeito disse, «mas se é o Teu modo de agir, muito bem, vou avante». Ele levou a Deus o problema que não compreendia e o deixou nas Suas mãos... confiante em que a vontade de Deus é sempre certa, e que um Deus santo nunca ordenará nada que seja errado.

M .Lloyd-Jones 

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Evangelho Não em Palavras, Mas em Poder


Por Robert Murray M'Cheyne (1813-1843)

"Porque o nosso evangelho não chegou até vós tão somente em palavra, mas sobretudo em poder, no Espírito Santo e em plena convicção, assim como sabeis ter sido o nosso procedimento entre vós, e por amor de vós" 1 Ts. 1:5

Muito feliz é o pastor que pode dirigir ao seu povo estas palavras. Ó! que todos os nossos pastores pudessem, verdadeiramente, dizer isto. Porque não é assim? Certamente se fossemos determinados, como Paulo, a "nada saber entre vós, senão a Jesus Cristo, e este crucificado", se fôssemos cheios do mesmo Santo Espírito, se vivêssemos a mesma vida devota e levássemos a mesma mensagem noite e dia, com lágrimas, deveríamos ser capazes de usar estas preciosas palavras. "Aquele que sai chorando, levando a semente para semear, voltará com cânticos de júbilo, trazendo consigo os seus molhos".

O dia de Pentecostes foi a época dos primeiros frutos. O dia da colheita está por vir. Os apóstolos tiveram a primeira chuva. Nós esperamos pelo tempo das últimas chuvas.

1) Meditemos sobre um ministério mal sucedido.

O evangelho chega ao povo só em palavras.

Quão freqüentemente um pastor fiel prega o evangelho e o povo parece bebê-lo com alegria! Uma áurea de eloqüência natural ilumina tudo o que ele diz ou ele tem um estilo emocionado e brando que prende a atenção deles, mas nenhum efeito salvífico parece segui-lo. Corações não são quebrantados e nenhuma alma adicionada à Igreja. Assim foi com Ezequiel "Eis que tu és para eles como quem canta canções de amor, que tem voz suave e tange bem; porque ouvem as tuas palavras, mas não as põem por obra" (Ez. 33:32). Estes são aqueles que recebem a palavra em solo pedregoso; eles ouvem a palavra e sem demora, com alegria, a recebem, mas não tem raiz em si mesmos e ela perdura somente por pouco tempo.

Ó minha alma! tu estás contente em receber o evangelho somente em palavra? Pode um faminto ser alimentado somente com o aroma do alimento? Ou pode um mendigo tornar-se rico somente ouvindo o tilintar do dinheiro? E pode a minha alma faminta encontrar descanso pelo ouvir dos címbalos do evangelho? É temeroso cair no inferno sob o som da misericórdia do evangelho.

Mas há alguns que não somente ouvem o evangelho, mas conhecem o evangelho; e ainda assim ele chega a eles somente em palavras. Quantas crianças crescem sujeitas a pais piedosos, bem catequizadas nas verdades divinas, bem disciplinadas na Bíblia, tendo compreensão do evangelho e possuidoras de todo conhecimento; nenhum ponto é novo para elas. E mesmo assim, não têm visão espiritual; não provam nem vêem que Cristo é bom; não há pedra embaixo de seus pés. Ah! estes são os mais miseráveis de todos os ouvintes inconversos. Eles afundarão mais baixo do que Cafarnaum. Ah! quantos filhos de pastores, quantos professores de escola dominical, quantos pregadores do evangelho podem saber, que o evangelho os alcança somente em palavras e nunca em poder. Quão triste é perecer apontando para a cidade de refúgio; pregar a outros para então ser rejeitado.

Mas há um caminho mais excelente. Voltemo-nos para meditar nele:

2) Um ministério bem sucedido: "nosso evangelho chegou ate vocês em poder".

Que coisa ineficaz o evangelho parece algumas vezes. O pastor é meio envergonhado dele. O povo dorme ante suas mais impactantes afirmações. Porém, em outras vezes, o evangelho é evidentemente, "o poder de Deus para a salvação". Um poder invisível acompanha a palavra pregada, e o templo parece ser a casa de Deus e o portão do céu. Então a palavra de Jeremias é cumprida: "Não é minha palavra fogo, diz o Senhor, o martelo que esmiuça a penha?" (Jr.23:29). Então pecadores resistentes são despertados. Idosos, os de meia-idade e crianças pequenas são levados a clamar: "O que devo fazer para ser salvo?" Um silêncio impressionante toma conta da assembléia. As flechas do Rei de Sião penetram no coração dos inimigos do Rei e o povo é humilhado sob Ele. Ó pecador! o evangelho chega a ti em poder? O martelo do evangelho tem quebrado teu coração de pedra? O fogo da palavra tem derretido teu coração gelado? Tem a voz que é "como o barulho de muitas águas" falado de paz para a tua alma?

"Nosso evangelho chegou até você no Espírito Santo". É Ele, a terceira pessoa da Santa Trindade, que faz com que o evangelho chegue em poder. Era Ele quem "pairava sobre a face das águas", quando este mundo estava sem forma e vazio, e trouxe vida e beleza a um mundo morto (Gn.1:2). É Ele quem se move sobre a face da natureza silenciosa, quando o inverno passa, e traz a vida fresca da primavera para fora do solo frio: “Envias o teu fôlego, e são criados; e assim renovas a face da terra” (Sl.104:30). Mas acima de tudo, é trabalho do Espírito Santo retirar a futilidade dos corações dos pecadores, de tal forma que eles se voltem para o Senhor (2 Co. 3:16). A mente carnal tem uma inimizade tal com Deus, o pecador inconverso está tão morto nos seus delitos e pecados, o homem carnal é tão ignorante das coisas divinas, que precisa haver o trabalho do Todo Poderoso Espírito, avivando, iluminando e tornando-o desejoso, antes que o pecador aceite a Jesus.

Ó pecador! O Espírito Santo veio até você? Doce é a paz que gozam aqueles ensinados por Ele. Quando é tempo de sequidão, pastores militam em vão; eles gastam suas forças por nada e em vão. Eles se sentem como que parados à beira mar, falando às pedras duras, ou às ondas violentas, ou ao indomável vento. Mas, quando o Espírito Santo vem, os mais débeis instrumentos são feitos poderosos, "poderosos em Deus, para demolição de fortalezas". Ó! Ore por tal tempo.

"Nosso evangelho chegou até vós, em plena convicção". Este é o efeito na alma, quando a palavra vem com poder, através da obra do Espírito Santo. A alma, assim instruída, tem uma doce convicção da verdade referente as grandes coisas reveladas no evangelho.

Quando um homem contempla o sol, ele sente uma certeza de que ele não é trabalho de homem, mas de Deus. Também quando um pecador tem seus olhos ungidos, ele vê a beleza gloriosa e a abundância de Cristo, de forma que seu coração se enche com uma confortável certeza da verdade do evangelho. Ele não pergunta por evidências. Ele vê evidência suficiente no próprio Cristo. Ele diz: eu sou todo culpado, Tu és Jeová minha justiça. Eu sou todo débil, tu és Jeová meu estandarte. Eu sou todo vaidade, em Ti habita toda a plenitude da divindade. "O meu amado é meu, e eu sou dele; ele apascenta o seu rebanho entre os lírios”. É isto que enche o peito com jubilo e paz. É isto que dá um doce senso de perdão e proximidade com Deus. É isto que nos capacita a orar. Agora podemos dizer: "Então minha alma se regozijará no Senhor; exultará na sua salvação"; "Eu sei que o meu Redentor vive"; "Quem nos separará do amor de Cristo?".

Este é o evangelho que chega em plena convicção. Ó! Feliz ministro que pode tomar estas palavras de Paulo e dizer "nosso evangelho não chegou até vós tão somente em palavra, mas sobretudo em poder, no Espírito Santo e em plena convicção, assim como sabeis ter sido o nosso procedimento entre vós, e por amor de vós".

Tua igreja é tua alegria aqui, e será tua coroa por toda a eternidade.

Grande é este mistério

“GRANDE É ESTE MISTÉRIO”, declarou o apóstolo Paulo ao referir-se ao conúbio de um homem com uma mulher; “MAS, EU ME REFIRO A CRISTO E A IGREJA”, reafirmou o apóstolo dos gentios.

Uma voz silenciosa ecoa simbolicamente, desde que o primeiro homem e a primeira mulher foram criados e feitos uma só carne, a cada ato matrimonial realizado de acordo com os princípios divinos. Não, todavia, mera voz, sonora, destituída de substância e de verdade; mas uma voz materializada mediante atitudes de homens e mulheres que entenderam suas vocações, vocações essas de maridos e esposas segundo a Palavra de Deus.

Refiro-me àqueles, cujas mentes, transformadas pelo poder do evangelho, compreenderam que o casamento transcende os mesquinhos e egoístas objetivos humanos, os quais se limitam à própria satisfação em detrimento do outro. Antes, muito mais que isso, vislumbraram a beleza do matrimônio ao enxergarem nele Cristo e a Igreja, o grande mistério de Deus, vividos e expressos, na carne, por aqueles que são chamados para o cumprimento do supremo e eterno propósito divino.

Desse jeito, pois, é que o marido, imbuído de sentimentos oblativos, expressa e manifesta a Cristo, cumprindo assim sua missão ao amar, suprir, proteger e cuidar daquela que o SENHOR lhe confiou sob os seus cuidados. De semelhante modo, a esposa, absorvida pela mesma visão e de análogos sentimentos, expressa atributos de submissão e obediência, serviço e fidelidade, tal como é próprio da Igreja de Jesus Cristo em tempos de retidão.

Entretanto, como pode o mundo conhecer o mistério de Deus – Cristo e a Igreja – enquanto os valores da família são suplantados por outros, os quais naufragam a sociedade num caos sem conserto? A traição, o adultério, a intolerância, o divórcio, têm sido a voz de comando em tantos lares. É, pois, nesse mundo de trevas que a igreja é convidada a se erguer acima das cinzas e a manifestar Cristo ao mundo. E isso mediante vida matrimonial excelente, como ordinariamente se vê representada em cerimônias de bodas, nas figuras e adereços dos noivos, símbolos do grande e maior casamento universal: o Cordeiro com a Sua noiva, a igreja.

Assim como a noiva sai ao encontro do noivo, e ambos se encontram ainda em meio ao caminho, assim, depois dos preparativos e de “embelezamento” da alma, a noiva do Cordeiro, a igreja vencedora, tendo ela sido ataviada, isto é, transformada à imagem de seu Noivo, há de ser arrebatada para o encontro do SENHOR nos ares. E então, haverá grande festa: serão as bodas do Cordeiro. A Igreja será desposada, e o mundo conhecerá o grande mistério: no dia em que os homens predestinados, redimidos, justificados, santificados, transformados, conformados e glorificados se tornarem um com Deus, plenamente, em vida e natureza, em cumprimento à oração sacerdotal de Jesus Cristo antes de Sua morte: “a fim de que todos sejam um; e como és tu, ó Pai, em mim e eu em ti, também sejam eles em nós; para que o mundo creia que tu me enviastes”.

Em Cristo,
Bispo Alexandre Rodrigues

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Facebook, Google e sites de mídia social energicamente censuram conteúdos cristãos

Jeremy Kryn

MANASSAS, VA, EUA, 21 de setembro de 2011 (Notícias Pró-Família) — Um novo estudo revelou que o Google e outros grandes sites de mídia social como Facebook de forma enérgica estão censurando as opiniões cristãs e conservadoras.

O relatório, conduzido pela Mídia Religiosa Nacional (MRN) e pelo Centro Americano de Lei e Justiça, examinou as políticas e práticas de várias grandes plataformas de comunicação da “nova mídia” interativa de internet e provedores de serviço de internet, inclusive a Apple e sua Loja de Aplicativos iTunes, Facebook, Google e outros.

O estudo revelou que algumas empresas de tecnologia da nova mídia estão de forma descarada banindo conteúdo cristão, e que todos os sites de mídia social, exceto o Twitter, têm políticas de liberdade de expressão que são mais restritivas do que os direitos de livre expressão garantidos na Constituição dos EUA.

De acordo com o estudo, sete grandes sites de mídia social baniram “expressões de ódio”, um termo que os autores do estudo apontam que “é muitas vezes aplicado na cultura para reprimir comunicadores cristãos”.

Os autores do estudo também revelaram que algumas das empresas de mídia reagem de forma favorável às exigências de grupos de pressão que pedem que as opiniões conservadoras ou cristãs sejam censuradas.

O estudo nota que quando estabeleceu novas normas para seu “Google para Uso Sem Fins Lucrativos” em março de 2011, o Google recusou colocar na lista “igrejas e outros grupos religiosos” que consideram “a religião ou orientação sexual em práticas de contratação”. As igrejas cristãs que solicitaram o software completo das ferramentas do Google produzidas para uso sem fins lucrativos foram rejeitadas.

Em outra ocasião o mais potente programa de busca do mundo inicialmente proibiu o Instituto Cristão Britânico de comprar espaço para um anúncio sobre aborto. O mecanismo de busca só permitiu o anúncio depois que o Instituto Cristão Britânico processou o Google.
Por duas vezes, a Apple removeu, de sua Loja de Aplicativos do iTunes, aplicativos que continham conteúdo cristão, documentou o estudo. Em ambos os exemplos, a Apple confessou que esses aplicativos tiveram acesso negado porque a Apple considerou as opiniões cristãs expressas nesses aplicativos como “ofensivas”.

“Dos 425.000 aplicativos disponíveis no iPhone da Apple, os únicos censurados pela Apple por expressarem opiniões normalmente legais foram aplicativos com conteúdo cristão”, comenta o estudo.

Por sua parte, o Facebook vem de forma pública fazendo parceria com ativistas homossexuais para “erradicar comentários anti-homossexualismo em sua plataforma”, revelou o relatório. “Tudo isso indica que conteúdos cristãos que critiquem a homossexualidade, o casamento de mesmo sexo ou práticas semelhantes estarão em risco de sofrer censura [por parte do Facebook]”, diz o estudo. Aliás, em alguns casos tais conteúdos já foram removidos pelo site de rede social.

Myspace, outro site de rede social semelhante, mas menos popular do que o Facebook, também tem uma política de banir conteúdo “homofóbico”.

A organização pró-vida Live Action tem enfrentando muitos casos de censura da nova mídia. Numa conversa com LifeSiteNews sobre o estudo da MRN, David Schmidt, diretor de meios de comunicação de Live Action, recordou uma ameaça de censura vinda do YouTube no começo deste ano.

“Fomos ameaçados no começo deste ano”, disse ele. “Depois que nosso advogado enviou uma carta ao YouTube, eles não removeram nossos vídeos. Felizmente, eles foram considerados como vídeos que ‘merecem ser publicados’, uma política padrão para todos os usuários”.

Schmidt disse que a maioria dos vídeos de Live Action foram rejeitados pelos Vídeos Promovidos pelo YouTube por causa “de alguma questão de conteúdo”.

Os autores do estudo da MRN apontam para o fato de que as atitudes das empresas da nova mídia para com os conteúdos cristãos são importantes, pois atualmente “algumas das gigantescas empresas da ‘nova mídia’ são os guardiões das novas plataformas de comunicação com base na internet”.

“Há um perigo real e presente de que essas empresas possam, e em alguns exemplos realmente tenham, feito o compromisso de censurar opiniões como consequência de seu controle exclusivo dessas tecnologias”.

terça-feira, 6 de setembro de 2011

O conhecimento de Deus na visão Reformada

Por: Ricardo Castro

Sicut scriptum est...
 
Conhecer a Deus – isso é possível?! Surge outra pergunta, óbvia, talvez a primeira a se fazer: Deus existe? E surgem outras questões: Onde podemos buscar informações sobre a existência de Deus? Será que podemos realmente conhecer a Deus? O quanto de Deus podemos conhecer? E então, como resolver essas questões?
As “provas” racionais, tradicionais, da existência de Deus, arquitetadas por filósofos cristãos e não cristãos, são tentativas de analisar as evidências, especialmente as evidências da natureza, de modos extremamente cuidados e logicamente precisos, a fim de convencer as pessoas de que não é racional rejeitar a ideia de que Deus existe. São elas:
- O Argumento Ontológico: O homem tem a ideia de um ser absolutamente perfeito; que a existência é atributo de perfeição; e que, portanto, um ser absolutamente perfeito tem de existir.
- O Argumento Cosmológico: Cada coisa existente no mundo tem de ter uma causa adequada; sendo assim, o universo também tem de ter uma causa adequada, isto é, uma causa indefinidamente grande.
- O Argumento Teleológico: Em toda parte o mundo revela inteligência, ordem harmonia e propósito, e assim implica a existência de um ser inteligente e com propósito, apropriado para a produção de um mundo como este.
- O Argumento Moral: Há um senso humano do certo e do errado, e da necessidade da imposição da justiça; sendo assim, deve existir um ser superior que seja a fonte do certo e do errado e que vá algum dia impor a justiça a todos os homens.
- O Argumento Histórico (ou Etnológico): Entre todos os povos e tribos da terra há um sentimento religioso que se revela em cultos exteriores. Visto que o fenômeno é universal, deve pertencer à própria natureza do homem. E se a natureza do homem naturalmente leva ao culto religioso, isso só pode achar sua explicação num ser superior que constituiu o homem como um ser religioso.
Avaliando os argumentos acima, argumentos racionais, devemos atentar para o fato de que os cristãos não precisam deles. Todos esses argumentos se baseiam em fatos sobre a criação que são verdadeiros. Esses argumentos são provas válidas, porque avaliam corretamente as evidências e ponderam com acerto, chegando a uma conclusão verdadeira: de fato, o universo realmente tem Deus como causa, realmente dá provas de um planejamento deliberado, Deus realmente existe como ser maior do que qualquer coisa que se possa imaginar e ele realmente nos deu um senso do certo e do errado e um senso de que seu juízo virá algum dia e, há de fato em todos os povos vestígios de cultos e adoração a um ser superior. Assim, os fatos reais nessas provas, nos argumentos acima, são verdadeiros e nesse sentido as provas são válidas, ainda que nem todas as pessoas se convençam delas.
O pensamento reformado, calvinista, declara que certo é que não há como negar que há no espírito humano, por inclinação natural, certo senso da Divindade – o senso do divino (sensus divinitatis). Reconheçamos que certo é que há uma universalidade da ideia da existência de Deus e do sentimento religioso em todos os homens, não importando a nação e a época histórica. Não há nação tão bárbara, nenhum povo tão selvagem que não tenha impressa no coração a existência de algum deus. Assim, temos que reconhecer que há um senso da Divindade gravado no coração de todos os homens – até mesmo a idolatria nos serve de forte argumento a favor dessa ideia. Ninguém nasce ateu – essa é uma afirmação lógica, decorrente do que foi dito acima. O ateísmo, em última análise, resulta do estado moral pervertido do homem e do seu desejo de fugir de Deus. Mas, todos nós nos desviamos do único Deus verdadeiro e nos deixamos dominar por nossas enganosas imaginações. Porém, a falta de capacidade natural para obtermos o puro e claro conhecimento de Deus tem a causa em nós mesmos e, não temos desculpa, nós todos os homens. Não temos desculpa por andarmos extraviados e perdidos, pois todas as coisas nos mostram o caminho certo. Contudo, ainda que essa ignorância deva ser atribuída aos homens que, em sua maldade, corrompem logo a semente do conhecimento de Deus semeado em seu entendimento pelas admiráveis obras de Deus na natureza, impedindo-a de dar bom fruto, a verdade é que não somos suficientemente habilitados pelo simples e nu testemunho que as criaturas dão da grandeza de Deus.
Dirão alguns: a religião foi invenção de alguns poucos com a finalidade, sórdida, de controlar o povo simples e, a este povo, incitou a servir a Deus, com regras e preceitos ditados apenas para manter o controle, o domínio. Sem dúvida isso já ocorreu e ainda ocorre, mas tal ato só foi e é possível porque a ideia do divino já estava, e está, presente no espírito dos homens.
Mas volta-se a questão apresentada no início: Deus existe? Prove-se.
O conhecimento de Deus, conforme os reformadores, só é possível através da revelação especial, sob a influência iluminadora do Espírito Santo. Porém, o conhecimento completo e perfeito de Deus é impossível. Ter o conhecimento completo de Deus seria equivalente a compreendê-lo, e isto está completamente fora de questão: “Finitum non possit capere infinutum” – O finito não é possível conter o infinito. O homem pode sim obter um conhecimento de Deus perfeitamente adequado à realização do propósito divino na sua vida (na vida do homem).
Quanto a questão inicial, damos um sonoro sim: Sim, Deus existe. Não provamos, constatamos – pela fé. A tentativa de provar a existência de Deus ou é inútil ou é um fracasso. O cristão aceita a verdade da existência de Deus pela fé e esta última também é ação de Deus – somente depois que Deus implantou a semente da fé no coração do homem, é que ele pode exercer a fé. Assim, a fé é primariamente um dom de Deus, é um firme e seguro conhecimento do favor de Deus para conosco.
Deus, o criador do homem, ele mesmo transmite o conhecimento de si próprio ao homem. Se assim não fosse, Adão não o reconheceria como seu criador. O homem só pode conhecer a Deus na medida em este ativamente se faz conhecido. Assim, Deus é, antes de tudo, o sujeito que transmite conhecimento ao homem, e só pode tornar-se objeto de estudo do homem na medida em que este assimila e reflete o conhecimento a ele transmitido pela revelação. Sem a revelação, de Deus, o homem nunca seria capaz de adquirir qualquer conhecimento de Deus. E, mesmo depois de Deus ter-se revelado objetivamente, não é a razão humana que descobre Deus, mas é Deus que se descerra aos olhos da fé. Todo o conhecimento humano de Deus é derivado da sua auto-revelação na natureza e nas Escrituras. Esse é o pensamento calvinista, reformado.
Deus se revela ao homem – este é o princípio fundamental do conhecimento de Deus. E, há uma dupla revelação de Deus, sendo que tal fato é atestado pelas Escrituras: Deus se revela na natureza e na Bíblia. O método de revelação é natural quando esta é comunicada por meio da natureza – por meio da criação visível com suas leis e poderes ordinários. Já o método sobrenatural ocorre quando a revelação é comunicada ao homem de maneira mais elevada, sobrenatural, como quando Deus fala, quer diretamente, quer por meio de mensageiros sobrenaturalmente dotados. Há também outra distinção da revelação de Deus, ao homem: a revelação geral e a revelação especial. A revelação geral é dirigida de modo geral a todas as criaturas inteligentes e, portanto, acessível a todos os homens. Por sua vez, a revelação especial é dirigida a uma classe especial de pecadores, aos quais Deus quis tornar conhecida a sua salvação.
Ao afirmar que Deus se revela na Bíblia, ao homem, devemos atentar para o fato de que ela, a Bíblia, não foi escrita, ou tem a mínima intenção de provar a existência de Deus, na forma de uma declaração explícita, e muito menos na forma de um argumento lógico. Isso pode ser comprovado pelo primeiro versículo do primeiro capítulo do primeiro livro: Gênesis 1.1 – No princípio, criou Deus os céus e a terra. Tal declaração pressupõe que Deus existe, e que é o criador dos céus e da terra. Assim, a Bíblia pressupõe que Deus existe. Se houvesse o interesse em provar a existência de Deus, de forma lógica, a Bíblia não começaria com a afirmação “No princípio, criou Deus...”, e o último versículo da Bíblia seria: Então, comprovamos que Deus existe e é o criador de todo o universo e tudo o que nele há. Mas, ao nos convencermos de que a Bíblia é verdadeira, então sabemos com base nela não só que Deus existe, mas também muita coisa sobre sua natureza e seus atos. Enfim, o que podemos afirmar é que: Deus se revela, na Bíblia, ao homem. Mas, a Bíblia não é necessária para saber que Deus existe. Sem expandir esse assunto, consideremos os seguintes aspectos das Escrituras: A Bíblia é necessária para conhecer o Evangelho; A Bíblia é necessária para sustentar a fé espiritual; A Bíblia é necessária para o conhecimento seguro da vontade de Deus.
Podemos conhecer a Deus de um modo verdadeiro, porém não podemos conhecê-lo exaustivamente – podemos conhecer coisas verdadeiras sobre ele. Tudo, absolutamente tudo, o que as Escrituras falam sobre Deus é verdadeiro. Isso não implica ou exige que saibamos tudo sobre Deus e os seus atributos. Temos conhecimento verdadeiro de Deus com base nas Escrituras, ainda que não tenhamos conhecimento exaustivo. É importante perceber que conhecemos o próprio Deus, e não meramente fatos sobre ele ou atos que ele executa – as Escrituras afirmam isso. O fato de conhecermos o próprio Deus é demonstrado pela percepção de que a riqueza da vida cristã envolve um relacionamento pessoal com Deus. Conforme várias passagens bíblicas, temos privilégio bem maior do que o mero conhecimento de fatos acerca de Deus. Falamos com Deus em oração e ele fala conosco pela sua Palavra. Temos comunhão com ele na sua presença, entoamos seus louvores e temos consciência de que ele pessoalmente habita no meio de nós para nos abençoar.
Deus se revela, como dito anteriormente, também na natureza. Para onde quer que voltemos os olhos, não há o mais diminuto rincão do mundo em que não refulja ao menos alguma centelha da glória de Deus. Ninguém, realmente ninguém, pode de um relance contemplar a belíssima obra de arte universal em sua vasta amplitude e extensão, sem ficar, por assim dizer, estupefato ante a incomensurável riqueza do seu esplendor. No céu e na terra há incontestáveis demonstrações da maravilhosa sabedoria de Deus. Não há como atribuir a beleza, o equilíbrio e a organização do universo a um ato do acaso, mera casualidade. Somos, todos os homens, convidados a buscar um conhecimento de Deus que não se confunde com o conhecimento que gira em torno de vãs especulações; mas, sim, o conhecimento que é proveitosos e frutífero, desde que bem apreendido. Porque Deus se manifesta por suas obras poderosas. Não há, pois, melhor meio de buscar a Deus, não há processo mais eficaz para isso do que contemplá-lo em suas obras. Por suas obras, ele se aproxima de nós, torna-se mais familiar a nós e até se comunica conosco, ainda que alguns detalhes dos propósitos de Deus para o homem, só possa ser conhecidos por meio das Escrituras.
Finalizando: Deus existe e é possível conhecê-lo através da revelação de si mesmo que ele mesmo providenciou para nós, na natureza, nas Escrituras e na semente que ele implantou em todos os homens, semente essa que dá aos homens o senso da existência dele mesmo (a capacidade de saber que ele, Deus, existe e que é o nosso criador).

Sicut scriptum est...

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Entre Anjos e Bestas Feras

Segundo o sábio Sócrates, o caminho da sabedoria passa pelo auto-conhecimento. “Conhece-te a ti mesmo”, reza o axioma. Contudo, nenhuma outra tarefa pode ser mais difícil que esta. Quem sou eu?
 
Crê Marx que sou um conjunto de sensações e uma mente individual. Para Goethe sou uma criatura sombria que não sabe de onde vem, nem para onde vai. Em Vitor Hugo, sou um fantasma errante, que passa pelo mundo e não deixa sequer uma sombra no muro.
 
Mas quem sou eu? Sou a encarnação da imperfeição, cuja essência foi deturpada, começando uma metamorfose de lagrimas a dançar com a morte. Sou um ser caído a depender a cada dia da graça de Deus; alguém que ora e crê com toda a sua foça na eficácia dessa graça, pois é ela a minha única esperança de salvação. Sou ainda infiel, mas Ele permanece fiel!
 
Definitivamente não sou bom. E para ser honesto, nem quero ser. Tenho medo dessa falsa bondade pseudo-religiosa que faz com que os homens vejam os outros como seus inferiores, ao ponto de desprezar àqueles com quem Cristo compartilhava suas refeições e seus momentos alegres, debaixo da escusa de não se contaminarem. Não, senhores: Essa bondade eu desprezo! Cubram-se outros com esse manto de hipocrisia. Prefiro dar a conhecer a minha natureza humana, e em minha humanidade e imperfeição aguardar a suprema redenção que me trará Cristo.
 
Blaise Pascal disse que “o homem não é anjo e nem animal”, e que “aqueles que pretendem ser anjos, acabam se convertendo em animais”. Eu não sou anjo! No máximo um de asas desplumadas e auréolas tortas. E se você quer saber, o pseudo-protestantismo brasileiro está assim decadente, porque os homens um dia quiseram ser anjos. Eles quiseram ser deuses, e se converteram em animais. Deus me livre de ser tão santo, ou tão puro. Deus me livre de ser um anjo. Prefiro ser um homem que depende totalmente da justiça de Deus.
 
Disse Soren Kierkgaard: “O homem nasce e vive em pecado, nada podendo fazer a seu próprio favor, a não ser prejudicar-se”. Sim, esse sou eu! Tão sujo que posso reconhecer o valor do sangue de Cristo para lavar-me; tão pecador que sei que nada posso fazer para salvar-me; tão morto que não tive forças para gritar e pedir por auxílio; e tão perdido que sou capaz de devolver gratidão ao Deus que me achou.
 
E mesmo após ser conquistado e vencido pela graça, não posso arrogar perfeição: pois essa mesma graça me faz enxergar com mais luz o meu pecado e o intransponível abismo entre eu e o meu Salvador. Há apenas uma coisa que é capaz de ligar extremos como o céu e terra, o santo e o profano, meu Senhor e eu: A cruz de Cristo. É ela a única esperança que me resta, a minha sorte e porção no mundo, e a única fonte capaz de regenerar minha natureza humana.
 

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